ARQUIVO HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE ITAPORANGA D'AJUDA - CURADORIA: PROFESSOR ROBSON MISTERSILVA
ARQUIVO HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE ITAPORANGA D'AJUDA - CURADORIA: PROFESSOR ROBSON MISTERSILVA
ENGENHO DIRA
O Engenho Dira pertencente a José Augusto Vieira, participante do Grupo Maratá.
A casa-grande do engenho, implantada num amplo vale, por volta de 1670, apresentava na fachada frontal uma construção de estilo colonial, que depois foi ampliada em novo figurino, dessa vez, neogótico, mantendo, até os dias de hoje e de forma interessante, os dois estilos.
Quanto à estrutura do engenho, essa sofreu muitas modificações. Mas preserva a sua Capela. Que data do ano de 1703. Sendo de suma importância mencionar que a casa grande só foi construída em 1770, essa a primeira casa que tinha uma estrutura colonial. Já a segunda versão da casa, essa foi construída aos moldes da arquitetura neogótica. Tem na sua estrutura Lapides dentro da Capela. As lapides, eram de ex- proprietários. Sendo que quanto mais próximo do altar está a lapide, mais importante era a pessoa. Quanto a casa sede, essa é composta por 09 quartos, todos com suítes. Mostrando assim que a parte interna da propriedade foi completamente modificada. Sendo preservada apenas, a fachada da casa. O engenho Dira, é banhado pelo Rio Vaza Barris. O primeiro proprietário foi Antônio Theles de Menezes. Com a sua morte, durante o sec. XX o engenho pertenceu a Família Sobral, já no sec. XXI, ele passou para as mãos do Grupo Maratá.
Kátia Loureiro, na obra Arquitetura Sergipana do Açúcar destaca que a capela é de arquitetura singela e afastada da casa grande. Já voltando a fala do professor Lindvaldo, esse menciona que os bancos ali dispostos na capela, não são do período da criação da mesma. Já que até o sec. XVIII, as missas eram celebradas em pé. Outro ponto apontado pelo professor foi a presença da imagem de São Benedito, assim como a presença da Cruz.