ARQUIVO HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE ITAPORANGA D'AJUDA - CURADORIA: PROFESSOR ROBSON MISTERSILVA
ARQUIVO HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE ITAPORANGA D'AJUDA - CURADORIA: PROFESSOR ROBSON MISTERSILVA
ANTÔNIO TEIXEIRA FONTES (1864 -1935)
Antônio Teixeira Fontes, desembargador e ex-prefeito de Aracaju
Foi aluno da primeira turma da Escola Normal
Fragmento do Jornal Folha de Sergipe, no qual contribuiu com inúmeros artigos.
Filho de Teófilo Martins Fontes e D. Inez Maria Teixeira, nasceu a 15 de maio de 1864 em Itaporanga. Aluno da primeira turma da Escola Normal de Aracaju diplomou-se em novembro de 1872 e em 1887 bacharelou-se na Faculdade de Direito do Recife. Exerceu por alguns anos o magistério público primário e posteriormente os cargos de promotor público, juiz municipal, juiz de direito, chefe de polícia interino em 1901-1905 e desembargador da Relação do Estado por decreto de 25 de outubro de 1904, cargo em que encerrou a vida pública, aposentando-se em 20 de outubro de 1908.
Foi deputado estadual em uma legislatura e intendente municipal de Aracaju no biênio de 1910-1911; membro do Conselho Municipal e seu presidente no biênio de 1912-1913, reeleito para o triênio de 1914-1916. De 1873 a 1904 colaborou em diversos jornais de Aracaju, subscrevendo alguns dos seus artigos com os pseudônimos Evandro, Ceoranni, Tenísio e outros.
Na Capital Federal representou o Estado como Delegado à Exposição Nacional inaugurada em 1908. Pertenceu ao extinto “Gabinete Literário Sergipano”, ao Clube União Caixeiral da Estância, de que era sócio benemérito, e foi um dos fundadores do “Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe”.
Escreveu:
– Musa do desvio. Com esta epígrafe publicou na “Folha de Sergipe” de 1908 numerosos artigos em verso com a assinatura de Dr. Vargas.
– Cartas de Sergipe ao Rio. A primeira foi publicada no referido jornal de 9 de agosto de 1908 sob a sigla T. F., seguindo-se outras durante o tempo que o autor permaneceu na Capital Federal.
– Relatório apresentado ao Presidente do Estado, desembargador Guilherme de Souza Campos, a 16 de outubro de 1908 pelo Delegado ao 2º Congresso Nacional de Agricultura, reunido no Rio de Janeiro. No “O Estado de Sergipe” do dia seguinte.
– Sergipe intelectual. Na “Folha de Sergipe”, Aracaju, de 28 de julho de 1910. Sob o pseudônimo de Emílio d’Al.
– Domingo de Passos. Na “Folha de Sergipe” de 16 de março de 1911. Sob o mesmo pseudônimo.
– Domingo de Ramos. No citado jornal de 9 de abril e com o mesmo pseudônimo.
– O mês de Maria na Catedral. No mesmo jornal de 5 de junho de 1914. Sob o pseudônimo de Emílio d’Al.
– Discurso pronunciado por ocasião de ser franqueado ao público o salão destinado a leitura e intitulado “Felisbelo Freire”, do edifício da Biblioteca Pública inaugurado no dia 14 de julho de 1914 em Aracaju. No “Diário da Manhã”, Aracaju, de 24 do mesmo mês.
– Discurso pronunciado pelo presidente da Comissão “Olímpio Campos”, por ocasião de ser inaugurada a estátua ereta ao Monsenhor, na praça Benjamim Constant, aos 26 de julho de 1916. No “Jornal do Povo”, Aracaju, de 29 do mesmo mês.
– Discurso pronunciado na sessão solene do dia 7 de setembro de 1917 por ocasião da inauguração do retrato do Dr. Manuel dos Passos de Oliveira Teles no salão do “Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe”. No “Diário da Manhã” de 13 do referido mês.
Data de morte: 15 de maio de 1935, em Aracaju (SE).
FONTE: Dicionário Bio-bibliográfico de Sergipe, de Armindo Guaraná.